Projeto de roteiro criado por arquiteta de Joinville pretende resgatar 128 edificações que guardam história e tradições
Um novo mapa de Joinville deverá ser lançado até março. Mas não será um roteiro comum, com todas as ruas, avenidas e locais mais conhecidos da cidade. Dentro dele, o lema “Só se ama e se preserva o que se conhece.” Isso porque os grandes tesouros a se desvendar nessas rotas são as edificações que foram importantes no passado e atualmente vivem uma dualidade.
Algumas estão abandonadas e praticamente esquecidas. Outras foram recuperadas e se destacam pela imponência estética que sobrevive aos anos e contrasta com os prédios da modernidade. Esse mapa está sendo elaborado pela arquiteta e urbanista Rosana Barreto Martins.A iniciativa é resultado do trabalho de pós-graduação da profissional na Universidade de Brasília (UnB).
No processo de criação do trabalho, ela se entusiasmou em fazer o projeto inovador para que os moradores da mais populosa cidade catarinense possam conhecer a própria história, e os turistas tenham uma outra visão da cidade ao conhecerem o lado cultural e patrimonial.
Durante 15 meses de estudos, Rosana fez um levantamento de 128 prédios com significado histórico importante para a cidade para que fossem identificados no mapa intitulado “Roteiro Artístico e Cultural de Joinville”. O material será editado graças ao apoio de empresas.A previsão é que sejam impressos dez mil mapas para serem distribuídos em pontos estratégicos da cidade.
Eles irão mostrar onde estão esses imóveis e também pontos como cinemas, museus, bibliotecas, hotéis e galerias de arte.
– Será um mapa histórico e cultural para que quem veja saiba dessas opções – ressalta a idealizadora.
Não está prevista a descrição histórica dos edifícios antigos.Essa proposta Rosana quer elaborar numa segunda etapa do projeto.A intenção é criar o Selo Amigo do Patrimônio.
Na proposta, ela pretende conseguir o apoio de empresas para que ajudem a promover esses patrimônios com enfoque no turismo.
– Nessa etapa, serão colocadas referências nesses imóveis com ajuda da iniciativa privada, com a colocação de placas informativas com o histórico dos prédios para que depois seja feito um roteiro turístico – explica
Para a meta, uma das inovações é possibilitar que esses patrimônios também deem retorno aos proprietários.
– Poderão ser feitos museus nesses edifícios e, comisso, criar um benefício de renda e geração de emprego – planeja a arquiteta.
O plano já foi discutido com a Fundação Cultural, e a alternativa para conseguir tirar as duas ideias do papel é captar recursos pelo Sistema Municipal de Desenvolvimento da Cultura (Simdec) e Lei Rouanet de incentivo à cultura. Para interessados em participar do projeto, o contato é martins.hoepfner@terra.com.br.